A dependência química nas mulheres

A dependência química nas mulheres é maior em comparação ao homem por conta dos hormônios envolvidos no processo. A mulher tem alterações hormonais frequentes por conta da dinâmica do organismo e isso pode ser um fator prejudicial quando o assunto é o uso de drogas e bebidas alcoólicas.
Por motivos como estes, nós do Instituto Rosa de Saron, iremos abordar nesta matéria uma forma de você compreender que droga e mulher não combinam. E que os danos entre esse público são bem maiores comparados aos homens.
Aumento no número de dependentes químicos
O atendimento a dependentes químicos cresce 53% em Campinas no 2º ano de pandemia, segundo os dados da Prefeitura de Campinas expostos no portal do G1. O programa Recomeço, apontou que 386 pessoas passaram por unidades em 2021 indica que álcool e crack são as substâncias mais usadas pelos pacientes.
O crescimento foi surpreendente, algo em torno de 53,17% em comparação com o ano de 2021 e com relação ao total de atendimentos no estado de SP, esse percentual equivale a 11,53%. Um agravante foi a pandemia, já que o sofrimento psíquico devido a insegurança e problemas sociais levaram milhares à piora do quadro de saúde mental.
As mulheres têm bebido mais
As mulheres brasileiras estão bebendo mais, bem mais na verdade. O portal Saúde Debate publicou uma matéria onde 17% das entrevistadas durante a PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) afirmaram ter bebido uma vez ou mais por semana em 2019. O índice está 4,1 pontos percentuais acima do de 2013.
A psiquiatra Alessandra Diehl, especialista em dependência química e vice-presidente da Associação Brasileira Sobre Estudos de Álcool e Outras Drogas (ABEAD), conta que o alcoolismo e a dependência dessa substância estão crescendo gradativamente entre o público feminino.
Esse fenômeno de aumento nas mulheres revela que, historicamente, os problemas relacionados ao consumo de álcool e outras substâncias sempre foram mais comuns entre os homens, mas com a mudança no papel social das mulheres, isso acaba se refletindo nessa categoria de gênero.
Aumentam as taxas de mulheres dependentes de crack no país
A série da EPTV, afiliada a Rede Globo publicada no G1, mostra que a dependência de crack é maior e prejudicial entre as mulheres, diz o estudo. A dependência química é uma doença que atinge principalmente as mulheres, porque as taxas de dependência são infinitamente maiores nessa categoria de gênero, em comparação com o público masculino.
A Unifesp, em pesquisa, salientou que entre as mulheres o índice de dependência química é de 74% enquanto nos homens é de apenas 29%. No estado de SP, pessoas do sexo feminino usam em média 21 pedras de crack por dia, contrapartida os homens usam 13.
Além do mais, das 131 mulheres usuárias acompanhadas pela Universidade Federal de SP, 60% foram assassinadas. Isso demonstra que além delas serem mais viciadas nas drogas que os homens, também sofrem mais com a violência.
Por que a dependência química nas mulheres é mais forte?
Os homens são a maioria entre os usuários de cocaína e crack, mas as mulheres tomam a frente quando o assunto é o vício e dependência. Separando os gêneros, de todos os usuários de drogas, 54% das mulheres que usam cocaína em pó são dependentes. Já os homens têm taxas de 46%, mesmo sendo um público bem maior. Clarice Madruga, psicóloga e coordenadora do estudo cita que essa mudança ocorre devido aos hormônios femininos, em especial o estrogênio.
Patricia Hochgraf, coordenadora do Programa Mulher Dependente Química IPq (Instituto de Psiquiatria) do hospital das clínicas, concorda que a evolução da dependência de drogas é bem rápida entre o público deminino. “As mulheres têm algumas características que ajudam a criar essa maior dependência, é sabido que o cérebro das mulheres é mais vulnerável. Além disso, elas são, notoriamente, mais impulsivas e sofrem mais de compulsão do que os homens”, cita ela.
Como recuperar uma dependente de crack?
Se a dependência química nas mulheres é maior em comparação aos homens, temos que nos atentar em como prover recuperação para uma usuária de crack ou de múltiplas drogas. Existem alguns passos simples que podem ajudar na maneira como se irá conduzir a recuperação dessas pessoas com maior assertividade:
Voluntário
No tratamento voluntário, você pode realizar o recurso terapêutico de modo a conscientizar a mulher dos problemas que a dependência química causa em seu organismo e o quanto prejudica a saúde física e mental. Caso tenha abertura com a conversa, incite os recursos terapêuticos como: tratamento medicamentoso, psicológico, atendimento médico e, em alguns casos, a internação.
Involuntário
Como citamos, a dependência química entre as mulheres é elevada, então pode ser que você não tenha um canal de diálogo com a pessoa. Com o paciente com a mente fechada, é difícil acontecerem mudanças. Assim, se você for familiar da pessoa, entre em contato com nossos atendentes da Rosa de Saron que orientamos o passo a passo para reabilitação.
Instituto Rosa de Saron: referência em reabilitação feminina
O Instituto Rosa de Saron dispõe de toda a estrutura necessária e de um corpo de profissionais qualificados para prestar atendimento a mulheres desde a desintoxicação até o acompanhamento terapêutico a fim de evitar recaídas.
O tratamento nas clínicas de reabilitação femininas se volta especificamente para esse público. Isso significa que ele não apenas leva em consideração aspectos fisiológicos, mas também fatores culturais, pois eles influenciam bastante no processo de reabilitação das mulheres.
O vício em substâncias químicas geralmente parte da necessidade de fugir dos problemas que, em algum motivo específico, se tornaram insuportáveis. Isso gera a necessidade de intervir de forma específica, fazendo com que o tratamento tenha o seu foco nas questões emocionais. Tratando a parte psicológica, a recuperação é sucesso, fale com nossos agentes e surpreenda-se.
Fonte: Renan Rugolo R&eacu
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